“Comunicar com o coração para promover uma cultura de paz”. Em mensagem dirigida aos comunicadores de todo o mundo, o Papa Francisco ressaltou que “foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora. Não devemos ter medo de proclamar a verdade, por vezes incômoda, mas de o fazer sem amor, sem coração. Só ouvindo e falando com o coração puro é que podemos ver para além das aparências, superando o rumor confuso que, mesmo no campo da informação, não nos ajuda a fazer o discernimento na complexidade do mundo em que vivemos. O apelo para se falar com o coração interpela radicalmente este nosso tempo, tão propenso à indiferença e à indignação, baseada por vezes até na desinformação que falsifica e instrumentaliza a verdade.
Do coração brotam as palavras certas para dissipar as sombras dum mundo fechado e dividido. É um esforço que é exigido a todos e cada um de nós, mas faz apelo de modo particular ao sentido de responsabilidade dos agentes da comunicação a fim de realizarem a própria profissão como uma missão.
Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Duma escuta sem preconceitos, atenta e disponível, nasce um falar segundo o estilo de Deus, que se sustenta de proximidade, compaixão e ternura. “Na Igreja, temos urgente necessidade duma comunicação que inflame os corações, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs.”
“Somos aquilo que comunicamos”: num tempo em que a comunicação é muitas vezes instrumentalizada para que o mundo nos veja, não por aquilo que somos, mas como desejaríamos ser, precisamos contar com a ação permanente e corajosa de comunicadores prontos a dialogar, ousados, criativos e dispostos a construir uma civilização melhor do que aquela que recebemos !
Equipe de Comunicação da Paz